Efemérides

 

1 de março de 2022

 

                                                                               Greve

Há exatamente 59 anos atrás os jornais paulistas noticiavam a repressão policial aos sindicatos de ônibus do estado de São Paulo e de Guarulhos, era uma prática muito comum dos governos locais da época, enviar a polícia para os sindicatos e prender os líderes sindicais para que não ocorresse paralizações conhecidos como, “piquetes”, dos trabalhadores das empresas.

O uso da força era comum por parte da polícia, naquela época não havia smartphone para denunciar as agressões aos policiais, mas apesar da tentativa de ocultar e evitar as greves, elas só foram aumentando conforme as condições trabalhistas, como o arrocho salarial, direitos e segurança do trabalho pioravam, apenas com pequenas exceções de empresam que respeitavam os direitos dos trabalhadores.

Atletismo

Há exatamente 88 anos acontecia a corrida de rua “A Volta de Santana”, cujo vencedor foi Alfredo Carletti do A. C. Cortume Franco, a equipe da Associação Atlética Guarulhense teve bons resultados.

 A posição dos atletas da equipe guarulhense: Antonio Alves 3°, José louro em 5°, João Dias 8°, Mario de Oliveira 11°, Manuel Nogueira 14°, José Camargo 17°.

A Associação Atlética Guarulhense não teve o vencedor da prova, mas recebeu o troféu pela vitória por equipe.

 

Carlos Alberto C. Pereira.

 

 

 

Manifestar é preciso!

Atualmente o Brasil vive a uma enxurrada de manifestações quase que semanalmente, mas acredito que boa parte da população brasileira tenta ignorar ou simplesmente não quer participar, mas fica a pergunta: Por quê?

Na minha opinião parece que virou uma espécie de “clubismo”, defender político A ou B simplesmente porque não é do meu time, mas algum tempo atrás as pessoas se manifestavam com objetivos mais concretos, como pelo movimento contrário a implantação do “Aeroporto Internacional de Cumbica”.

A população local aproveitou aquele momento em 1975, mais especificamente dos bairros do Jardim Presidente Dutra e Jardim São Luiz, para reivindicar condições até então negadas a esses bairros, como a implantação de escolas e redes de esgotos, serviços que já eram presentes nos bairros mais ao Centro da cidade de Guarulhos, e que ainda iriam demorar mais alguns anos para chegarem aos bairros periféricos da cidade.

Eu me nego a participar de manifestações que tenham o cunho políticos partidárias, pois a população precisa de condições mínimas para sobreviverem, como investimentos na educação, saúde, moradia e uma melhor infraestrutura do país, infelizmente não vejo isso nessas manifestações, na verdade parece que o objeto e na verdade ignorar esses problemas, e focar em uma eleição futura.

Portanto, prefiro acreditar que um dia as pessoas voltem a lutar por política públicas, e condições mínimas de sobrevivência de uma população em sua maioria pobre, e que mais sente uma crise política e econômico, e fica aí o recorte do jornal “Guaru News”, de 1975, como uma dica para encontrar um motivo para uma manifestação. Fonte dos recortes: Arquivo Nacional.

 Hoje um acontecimento me fez expor essa reflexão...

O delito

 

Cometi o crime

Devo à lei

Uma penitência a pagar

Pois dei um golpe

Disparei uma rajada

Sem mesmo pestanejar

Naquele dia sem sorte

Em um saque rápido

Me propus a disparar

Fui pego em flagrante

Com arma em punho

Sem tempo para disfarçar

A arma ainda quente

Pois foi três tiros

Que eu acabara de disparar

Arma era de pequeno calibre

De cor amarelo e rosa

Não tive tempo de guardar

Mas a justiça é alucinada

Encarcera e algema

O poder engole a alma

Continuei tranquilo

Dei o último tiro

Puxei o marcador

Dedilhei cada página

Fechei e guardei no bolso

Aceitei o crime

Que nunca vai prescrever

Pois a intolerância é discreta

Pressiona a sabedoria

A não te contradizer

Mas mesmo dentro de uma cela

Em uma longa prisão perpétua

Nunca mais

Eu deixarei de ler

Uma História Social na censura Paz e Terra... Dia do Historiador

 

Hoje 19/08/2020 é dia do historiador, profissão recentemente regulamentada no Brasil pela "LEI Nº 14.038, DE 17 DE AGOSTO DE 2020", profissão muito criticado e de difícil aceitação por parte de algumas pessoas, pois a atual conjuntura da academia busca o estudo de uma História Social e crítica da sociedade deixando um pouco de lado os grandes eventos da história e o culto a conhecidos personagens da história.

O estudo da história social por muito tempo foi proibida no Brasil, pois o estudo das minorias e questões socieconômicas, principalmente das populações mais pobres, era algo que incomodava governos de um passado recente no Brasil, uma dessas histórias foi da Editora “Paz e Terra” criada nos anos 60 e pertencente ao editor e empresário  Ênio Silveira, considerado pelo governo uma pessoa subversiva, foi cassado, preso e destruído financeiramente pelo governo militar, assim como outros empresários que iam contra a idearia do governo daquele período, onde contraiu  várias dividas e tendo que vender sua editora para um conglomerado maior.

O selo “Paz e Terra” ainda é utilizado pela editora que o comprou, e ainda pública os mesmos livros, que antes eram censurados, como autores consagrados na História Social, como Eric Hobsbawm, Eduardo Galeano, Norberto Bobbio, entre outros.

O estudo da História Social pode não ser cheio de glória, nem cheio de heroísmos e muito menos ter um final feliz, mas é importante para conhecermos parte de nossa história que por muito tempo foi impedida e renegada pelo governo do nosso país, por isso o papel do Historiador é importante para conhecermos não só o passado, mas também sermos críticos do nosso presente, e conhecer melhor o nosso país, estado, município ou a comunidade onde vivemos.