terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Festival 79 da Música Popular

Festival 79 da Música Popular

Os Festivais de Música Brasileira eram muitos populares nos anos 60 e 70, a música sempre foi uma forma de perceber a realidade social e política de um determinado momento histórico, assim como o final da década de 70 onde o país passava por uma grande crise financeira, os dias de Milagre Econômico tinham ficado para trás, o que fez que aumentasse as manifestações populares e também de artistas que mostravam através da arte e da cultura, suas manifestações e pensamentos sobre o momento do país.
Os festivais eram realizados todos os anos por varias redes de televisão diferentes, e em 1979 coube a TV Tupi esse feito, mas seria a primeiro e o ultimo festival a ser realizado pela TV Tupi, que vinha passando por graves crises financeiras e fechou suas portas no ano seguinte (1980).
O grande vencedor do festival de 1979 foi a canção "Quem me Levará Sou Eu" composto por "Manduka e Dominguinhos" e interpretada por "Fagner".
Mesmo com a televisão brasileira perdendo a TV Tupi a sua a pioneira, a Música Popular Brasileira permanece firme, assim como foi anunciado na propaganda do jornal ao anunciar o "Festival 79 da Música Popular". Fonte, "Jornal da Republica(SP)", edições de 22/11/1979 e 10/12/1979.
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segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Escravidão em Guarulhos?


Escravidão em Guarulhos?

Antes da  Lei Áurea de 13 de maio de 1888, mais exatamente nos últimos anos antes da assinatura da lei, já havia um grande número de escravos alforriados, uma das formas do escravo se tornar livre era comprar a sua liberdade diante de seu dono, mas para isso era preciso obter dinheiro suficiente para comprar sua liberdade.
Quando esse escravo não conseguia obter dinheiro pelo seu trabalho recorria a empréstimos, o que resultava em uma nova escravidão por dívida, e mesmo quando conseguia sua liberdade sofria preconceitos, e também não era considerado qualificado para os novos ofícios, da sociedade positivista que optava pela mão de obra imigrante.
O ex-escravo era obrigado muitas vezes a migrar para os centros urbanos, e morar na periferia formando as comunidades quilombolas, ou mesmo viver nas ruas, o trabalho que conseguia era geralmente de engraxate, pedreiro, ou qualquer outro serviço braçal que conseguia encontrar.
Por isso quando lemos um quadro de informações como o que está abaixo, notamos que apenas a estatística e a matemática não são suficientes para analisá-la, assim como acreditar que o lugar onde estamos não existiu escravidão, ainda mais que vivemos um momento onde algumas pessoas tentam negar o passado, apesar de ter objetos materiais e imateriais que comprovam esse fato.
Quando estudamos a História do Brasil na escola ou no curso Superior, não estudamos apenas fatos importantes da História que se passaram apenas em um determinado lugar, mas uma vasta História que atingiu todo o país seja um fato econômico ou social, por isso esse recorte de jornal abaixo sobre a cidade de Guarulhos diz mais do que as palavras e números descritos.

Quadro de escravos alforriados, publicado no jornal "Correio Paulistano" na data de 21 de junho de 1883.








terça-feira, 5 de novembro de 2019

O calor literário


O calor literário

Quente destruidor do tempo
Música cortando o espaço
O dia entalhado nas páginas
As letras enchem o pulmão
Estão encharcadas nas lágrimas
No mais íntimo dos sentimentos
Esculpidas nas frases, prosas e poesias
Um curto-circuito de emoções
O vômito jorra palavras
Que inundam o ambiente
O prêmio sorri para o autor
A vitória não discrimina
Venceu quem escreveu
Conquistou quem leu
A rima não basta
A prosa não desatina
E o autor escreve até...
Terminar a tinta
Não, mas já avisa
A escrita sempre reinicia...

terça-feira, 29 de outubro de 2019

O primeiro livro

O primeiro livro que eu li, foi algo mágico um momento que já mais esquecerei na vida, pois não foi uma obra consagrada, mas um livro infanto juvenil, que pela sua simplicidade e uma história cativante me colocou no caminho da leitura de livros, agradeço Lúcia Machado de Almeida por isso e sua obra "O Caso da Borboleta Atíria, e vai um poema para relembrar esse dia.

 
O primeiro livro

Lembro desse dia
Onde o claro deu lugar
A breve penumbra
Mas de breve nada tinha
Pois...
 A TV nem imagem aparecia
O radio estava mudo
Nem canto também não tinha
A eletricidade os deixara
Brincar na rua...
Também não podia
Pois o sol
Já se escondia
A infância se retrai
Na luz inflamada da vela
O perdido olhar busca
Um caminho...
Na estante empoeirada
Havia um pequeno livro
De aspecto enrugado e desgastado
Sem pensar eu pego
Diante da luz eu leio
A cada frase...
Um novo passo
A cada capitulo...
Abre uma nova porta
A cada ilustração...
Um novo encanto
A magia dura do entardecer
Até a noite branda
A eletricidade retorna
O som e a imagem
Cortam o silêncio
O olhar insiste na estante
Que abriu um novo mundo
Que parecia um baú trancado e distante
Agora cheio de mistério, aventura e vibrante
Aquele primeiro livro terminou
Mas a pequena Atíria...
Voa nesse novo universo
De leitura e fantasia